sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

CRONICA PARA AS CRIANÇAS

Cronica para as crianças.

Magnífico o mundo das crianças. Fico aqui sentada e me absolvo com a inquietez, com o sorriso descomprometido da criança.
   São duas crianças, ambas em seus jogos criativos, ao meu redor tudo se escurece, estou presa ao real, real, mas ao mesmo tempo longe do mundo.
   É, estou no mundo de duas crianças, criaturas  de outro sistema solar. É incrível como não têm sossego. Tudo é motivo para sorrisos, tudo é motivo para distração, tudo é somente delas. Numa linguagem só delas.
   Enquanto os adultos aqui presentes se irritam se cansam se enfastiam com a espera, apesar de saber pelo que esperam, apesar de ter o compromisso de esperar, se cansam.
   Duas crianças a brincar, nunca se cansam apesar de não saberem o que esperar, se desinteressam , cansam de brincar, mudam de distração, mas continuam a sorrir a brincar.
   Uma borboleta aqui, simples chega a se transformar em um bichão, é a figura da revista.
   Olha aqui, viram a folha, buscam se identificar com as fotos é interessante que tudo é belo nada é feio, tudo é interessante.
   A criança me inspira, eu me distraio. Não me incomodo. Só a inquietez do adulto me comove este não sabe da arte de esperar.
   Eram duas graciosas garotinhas, curiosas de toda situação, observadoras atentas, dois genozinhos duas personalidades diferentes.
   A criança é professor dos adultos!
   É!Os adultos ficam imóveis não ensinam nada, não participam de nada. É por isso que quando atinge a idade, desprezam o mundo dos mais velhos.
   No mundo da criança tudo é possível, andar a cavalo, contar ate dez, ler de ponta cabeça, falar de tudo nos seus sonhos ate se imaginar dormindo ou fazer algo dormir.
   Os adultos não sabem do mundo real das crianças. Tudo é uma lição de alegria e descontração.
   Perco-me no real mundo destas criaturas de outro sistema solar que me faz voar nos meus sentidos, que me fazem penetrar na minha pureza perdida. Nelas esqueço-me de mim do que faço do que penso da dor que sinto.
   É delas a vida, é por elas a vida.

Autora: Leticia Alves.


Imagem: Internet         

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