sábado, 3 de dezembro de 2011

BRANDURA

   Insignificante é o pingo d'água, todavia, com o tempo, traça um caminho no corpo  duro da pedra.
   Humilde é a semente, entretanto, germina com firmeza e produz a espiga que  enriquece o celeiro.
   Frágil é a flor,contudo, resiste à ventania, garantindo a colheita farta.
   Minúscula é a formiga,mas edifica, à força de perseverança,complicadas  cidades subterrâneas.
   Branda é a veste física, que um simples alfinete atravessa, todavia suporta  vicissitudes incontáveis e sustenta o templo do Espírito
 em aprendizado,  por dezenas de lustros, repletos de necessidades e padecimentos morais.
   Tudo é serenidade e seqüência na evolução. Aprendamos com a Natureza e adotemos a brandura por diretriz de nossas realizações para a vida mais alta.
   Mas não a brandura que se acomoda com a inércia,com a perturbação e com o mal e sim aquela que se baseia na paciência construtiva, que trabalha incessantemente e persiste no melhor a fazer,ultrapassando os obstáculos que a ignorância lhe atira à estrada  e superando os percalços da luta, a sustentar-se no serviço que não esmorece e na esperança fiel que confia, sem desânimo, na vitória final do bem.

1 comentários:

Anônimo disse...

Muito bom artigo.Interessante como o stress nos massifica e esquecemos que a quantidade de nossos esforços é em vão,a brandura deve fazer parte de nossos momentos.

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