Diz
uma antiga lenda budista que uma Rei andava pelos campos com o príncipe
herdeiro, então uma criança de 10 anos de idade. Mostrava a ele todo o reino.
Este, encantado com tanta coisa, pergunta ao Pai :
-
Pai, tudo isso é seu ?
O
Rei então responde
–
Não filho, só peguei emprestado de você.
Vivemos
em um mundo movido pelo dinheiro. A maior aspiração da humanidade é ficar
extremamente rica, e de preferência, rapidamente, com o menor esforço possível.
Ao longo dessa caminhada, nem sempre muito ética, vamos deixando pra trás
valores simples e saudáveis e nos apegando a coisas supérfluas, que nos afastam
do nosso verdadeiro destino e pior, nos fazem perder a saúde física e mental.
Essa corrida impensada atrás do dinheiro, nos faz viver como se nunca fossemos morrer,
e morrer como se nunca tivéssemos nascido. (Dalai Lama)
O
espiritismo nos explica que a nossa verdadeira propriedade está nos nossos
conhecimentos, nos sentimentos vivenciados e situações experienciadas.
Se
refletirmos um pouco chegaremos rapidamente a algumas conclusões :
-
Verdadeiramente não possuímos nada nesse mundo. Vejamos quantas fortunas foram
dilapidadas, quantas famílias milionárias perderam tudo num piscar de olhos.
Além do mais, diz a célebre frase – “Caixão não tem gaveta!”
-
Pense no seu corpo físico. Ele não é você! Ele nem chega a ser seu. Você o
pegou emprestado das substâncias do planeta Terra que sua mãe ingeriu pela
alimentação, e você devolverá essas substâncias quando desencarnar.
Ele
é uma roupa perfeita, extremamente bem construída, que você temporariamente
utiliza para se manifestar nesse plano físico. Cabe a você cuidar dele o melhor
que puder, mas um dia ele fatalmente volverá ao manancial terráqueo.
-
Nossos Pais e filhos. Eles também não são nossos! Por mais incomodo que seja
isso, eles são criaturas independentes, que em outras vidas tiveram outras
personalidades, e que nessa vida precisam evoluir tanto quanto você, e para
isso vão sofrer, vão adoecer e um dia vão desencarnar, como todos nós.
Refletindo
sobre isso chegamos a conclusão de que a única propriedade verdadeira é aquela
que não enxergamos. Tudo que for palpável, não pode ser uma propriedade eterna,
eu simplesmente estou utilizando-a temporariamente.
Nossos
sentimentos, esses sim, nós os carregamos e eles são nossos. O prazer que tenho
em conversar com um amigo, o amor que sinto pelos meus entes queridos, a
felicidade de estar junto aos nossos quando eles necessitam, a alegria de poder
ajudar ao próximo e me manter no caminho da evolução crística...
A
vida passa muito rápido, e é formada de pequenas coisas, de lembranças, de
situações cotidianas, que nos deixam mais ou menos integrados com a
espiritualidade superior. Ela deve ser um exercício contínuo de desapego.
Desapegar-se do dinheiro, das posses, da pose, de cargos, de pessoas que nos
escravizam, desapegar-se do próprio sofrimento, e assumir aquilo que temos de
melhor, deve ser a nossa orientação.
Vamos
acumular dinheiro celestial, que é o amor. Essa moeda é a única capaz de pagar
nossas despesas no plano espiritual, e nós a obtemos abundantemente quando
passamos a enxergar todas as situações como sendo importantes para nos
melhorarmos e para ajudar ao próximo mais próximo.
Jesus
dizia que a casa do meu Pai tem muitas moradas.
Qual
morada você quer escolher para sua próxima vida?
Imagem:Google
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