sexta-feira, 14 de junho de 2013

DOR E AMOR

   
  O contato com a dor do outro nos recorda quem somos e nos faz peregrinos na mesma estrada que é a vida.
Por ela passaremos, mas como enfrentá-la se quando ela chega parece nos sepultar mais que a própria morte?
Quando a pressa toma conta de nossa dor, corremos o risco de perder o que ainda nos resta de tudo o que ficou. A dor não mudará porque ela existe, é real, dói. O que poderá mudar é o nosso olhar, o nosso jeito de suportá-la e de acolhê-la. A dor é pessoal e intransferível. Somente o tempo poderá nos fazer voltar a dar passos em direção ao que precisa ser reconstruído dentro de nós para que a vida continue e a dor não nos paralise.

O amor é universal. Só muda de endereço. Quem já não experimentou a alegria de sentir-se profundamente amado por alguém? O amor tem o poder de nos deixar sem palavras porque ele se desdobra em gestos de cuidado, de doação, de atenção, de gratuidade, de respeito. Há mais encanto nas atitudes, nas flores, que nas formulações elegantes que nossas palavras são capazes de criar. Amor é atitude!
Amar e deixar-se amar é uma das experiências mais importantes e decisivas na vida de um ser humano. Fomos criados para a felicidade e quem ama é definitivamente mais feliz. Até as maiores riquezas perdem o valor se não forem desfrutadas ao lado de quem se ama. Tudo na vida só tem sentido se for dividido. O amor quando partilhado, se multiplica.

A vida é um misto de dor e amor que se entrelaça continuamente. Sofremos por amor e, por amor, suportamos a dor. Somente, à medida que amadurecemos, aperfeiçoamos nossa capacidade de refletir e interpretar a vida que vivemos. E a dor já não nos assustará tanto, assim como o amor não viverá de ilusões.


Imagem:Google

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