Havia
um rei que apesar de ser muito rico, tinha a fama de ser um grande doador,
desapegado de sua riqueza.
De
uma forma bastante estranha, quanto mais ele doava ao seu povo, auxiliando-o,
mais os cofres do seu fabuloso palácio se enchiam.
Um
dia, um sábio que estava passando por muitas dificuldades, procurou o rei.
Ele
queria descobrir qual era o segredo daquele monarca.
Como
sábio, ele pensava e não conseguia entender como é que o rei, que não estudava
as sagradas escrituras, nem levava uma vida de penitência e renúncia, ao
contrário, vivia rodeado de luxo e riquezas, podia não se contaminar com
tantas coisas materiais.
Afinal,
ele, como sábio, havia renunciado a todos os bens da terra, vivia meditando e
estudando e, contudo, se reconhecia com muitas dificuldades na alma. Sentia-se
em tormenta.
E
o rei era virtuoso e amado por todos...
Ao
chegar a frente ao rei, perguntou-lhe qual era o segredo de viver daquela
forma, e ele lhe respondeu: “Acenda uma lamparina e passe por todas as
dependências do palácio e você descobrirá qual é o meu segredo”.
Porém,
há uma condição: se você deixar que a chama da lamparina se apague, cairá morto
no mesmo instante.
O sábio
pegou uma lamparina, acendeu e começou a visitar todas as salas do palácio. Duas
horas depois voltou à presença do rei, que lhe perguntou: “Você conseguiu ver
todas as minhas riquezas?”
O sábio,
que ainda estava tremendo da experiência porque temia perder a vida, se a chama
apagasse, respondeu:
“Majestade,
eu não vi absolutamente nada. Estava tão preocupado em manter acesa a chama da
lamparina que só fui passando pelas salas, e não notei nada.”
Com
o olhar cheio de misericórdia, o rei contou o seu segredo:
“Pois
é assim que eu vivo. Tenho toda minha atenção voltada para manter acesa a chama da minha alma que, embora tenha tantas
riquezas, elas não me afetam.”
“Tenho
a consciência de que sou “EU QUE PRECISO ILUMINAR MEU MUNDO COM MINHA PRESENÇA
E NÃO O CONTRÁRIO.”
Imagem:Google
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