Certo
dia, um homem caminhava por uma estrada deserta, quando começou a sentir fome.
Não estava prevenido, pois não sabia que a distância a ser percorrida era tão
longa.
Começou
prestar atenção na vegetação ao longo do caminho, na tentativa de encontrar alguma
coisa para acalmar o estômago. De repente, notou que havia frutos maduros e
suculentos em uma árvore. Aproximou-se, mas logo desanimou, pois a árvore era
muito alta e os frutos inacessíveis.
Continuou
andando e foi vencido pela fome e o cansaço. Sentou-se à beira do caminho e
ficou ali, lamentando o que estava acontecendo.
Não
demorou muito e ele avistou outro viajante que vinha pelo mesmo caminho. Quando
o viajante se aproximou, o homem notou que ele estava comendo os frutos
saborosos que não pudera alcançar. Assim, disse:
-
Amigo que belos frutos você encontrou.
-
É – respondeu o viajante – eu os encontrei no caminho. A natureza é pródiga em
frutos suculentos.
-
Mas você tem a pele machucada – observou o homem.
-
Ah, mas isso não é nada! São apenas alguns arranhões que ficaram pelo esforço
que fiz ao subir na árvore e colher os frutos.
E
o homem, agora com mais fome ainda, ficou sentado, resmungando, de estômago
vazio, enquanto o outro viajante seguiu em frente.
Algumas
vezes também somos assim… Ficamos sentados, lamentando o sofrimento, mas não
deixamos de lado a acomodação para sair em busca da solução. Esquecemos que é
preciso fazer esforços, lutar, persistir. É preciso esforço para saber o que se
busca e por qual porta desejamos entrar.
Imagem:Goolge
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